domingo, 18 de maio de 2014

Fusões e aquisições crescem 45%

As atividades de fusões e aquisições começaram o ano de 2014 fortes em termos de valor.Publicação.
por Oil & Gas Capital Confidence Barometer, estudo da EY (antiga Ernst & Young) - 18/05/2014.

Durante o primeiro trimestre, foram anunciadas 121 transações, uma redução de 14% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 141 transações foram anunciadas. Entretanto, o valor total de transações atingiu US$ 25.8 bilhões, um aumento de 45% se comparado com o mesmo período em 2013, quando o valor total de transações foi de US$ 17.8 bilhões. Ana Silva Analista aponta que o setor de energia eólica, a geração de energia a partir do vento, está pronto para mais fusões e aquisiçõesAnalista aponta que o setor de energia eólica, a geração de energia a partir do vento, está pronto para mais fusões e aquisições.
Os setores de energia, mineração e serviços de utilidade pública ainda são os mais ativos na América Latina com 27 transações anunciadas, totalizando o valor de US$ 16 bilhões. “Espera-se que continue ativo nos próximos meses, pois o setor de energia eólica no Brasil tem muitos ativos para venda e ela está pronta para mais fusões e aquisições”, analisou a  Mergermarket, que divulgou relatório ontem em parceria com a Merrill DataSite. Segundo a Mergermarket, o País presenciou recorde de vendas em contratos de energia eólica, o que deve refletir em um setor mais ativo em 2014.

Óleo e gás
O movimento de fusões e aquisições em óleo e gás também deve ganhar fôlego em 2014. Segundo o Oil & Gas Capital Confidence Barometer, estudo da EY (antiga Ernst & Young) que mostra a confiança e perspectivas das empresas, 30% dos executivos do setor em todo o mundo esperam realizar uma operação nos próximos 12 meses. Para 72% dos empresários, grande parte do capital para aquisições será investido nos mercados emergentes – 41% só nos países dos BRICS.
A pesquisa mostra que mais de 76% das companhias de óleo e gás pretendem fechar negócios abaixo de US$ 500 milhões. Ao mesmo tempo, aumentou a porcentagem de empresas do setor que devem buscar operações acima desse valor – de 21% em outubro de 2013 para 24%. A pesquisa foi feita com 1600 executivos de diversos setores (145 de óleo e gás), em 54 países.

No Brasil, as expectativas são cautelosas.  Segundo Carlos Assis, sócio líder do Centro de Energia e Recursos Naturais da EY, as políticas sociais e econômicas adotadas no País, somadas à grande intervenção do governo no setor, minaram as expectativas dos players para o futuro do setor de óleo e gás no Brasil.“O principal desafio é aumentar a produtividade do trabalho e do capital social, bem como a competitividade da indústria local e ajustes no modelo regulatório, tornando-o mais atrativo ao capital internacional”, destaca Assis.  Além disso, a indústria de óleo e gás sofre um grande déficit de mão de obra qualificada. Carlos Assis explica que a redução de custos operacionais segue no topo das prioridades, mas no Brasil o aumento da produção tem um peso maior nas agendas da maioria das empresas, especialmente da Petrobras. Segundo levantamento da EY, o Brasil realizou 20 operações de M&A em óleo e gás em 2013. Do total, dez tiveram seu valor divulgado, o que somou US$ 244 milhões. No mundo, as fusões e aquisições no setor totalizaram US$ 337 bilhões no ano passado.

Número US$ 25 bilhões foi o valor total das transações de fusões e aquisições na América Latina, realizadas de janeiro a março deste ano.